quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Estação de Comboios


Sento-me na estação de comboios, oiço as centenas de avisos, comboio para aqui, comboio para ali, circulação sem paragem, partidas e chegadas.
Ainda tenho uma hora de espera.
Entretenho-me a observar as pessoas que vêm e vão, todas elas têm um propósito, andam atarefadas nas suas vidas, alguns esperam familiares, namoradas, namorados, ligações para outros comboios tal como eu.
O meu comboio chegou, está na hora de regressar a casa. Olho pelo vidro da carruagem, são tantos os locais e paisagens no meu caminho, paragens de 5 em 5 minutos em todas as paragens e apeadeiros, pessoas entram e saiem a todo o momento.
Não vejo a hora de chegar.
Ouço o aviso “Próxima Paragem Fontela”, agora sei que estou quase, ao fundo consigo começar a ver a PONTE, escorre-me uma lágrima pela cara, estou quase, vejo a Figueira aparecer ao longe, estou finalmente em casa.
O comboio parou, chegou ao seu destino, vejo sair as pessoas, há sempre alguém à sua espera todos têm alguém por lá para dizer olá, todos menos eu. Há já 4 anos que faço esta viagem, mas nunca em todo este tempo houve alguém para me abraçar à chegada.
No entanto mesmo assim estou em casa.

2 comentários:

Pedro Emanuel disse...

ooohhh cuchi...
mas isso é normal de quem se ausenta por grandes períodos. perdes sempre alguma coisa da terra... os laços vão-se desfazendo ... mas tens o benefício de que crias novos laços La longe onde estás... são escolhas..

em breve.. kuando acabares o teu cursinho e tiveres a trabalhar sabe-se la onde... kuando fizeres esse teu regresso ja nem vais pensar se nós estamos aqui ou não... cada um segue o seu rumo, a sua vida... é a ordem natural das coisas.

Jota disse...

Não estão lá mas estão...
Eu estou...
Um pouco mais acima de braços abertos sempre pronta a receber-te...
Tu sabes...

Nós estamos todos...

Kiss kiss