terça-feira, 16 de junho de 2009

O Outro Lado do Espelho

Um gesto tão simples como olhar no espelho
Uma visão tão diferente.
Não era suposto ser este o meu reflexo?
A minha verdadeira imagem?
Observo com atenção esse ser estranho do outro lado do vidro
Não esta não sou eu!
Vejo um corpo delineado pelas marcas do tempo, com um passado um presente e quem sabe um futuro.
Mas já não vejo a luz no meu rosto
Não consigo chegar à alma mesmo que dorida
A alegria perdeu-se no caminho tortuoso da descoberta
Não! Não reconheço a imagem!
Diz-me tu que estás aí desse lado:
Quem sou eu afinal?, Quem és tu?, Quem somos nós?

Diz-me, quando foi que a imagem mudou?
Quando foi que eu morri?
Leva-me até ti, devolve-me a alma e retira-me este peso.
O coração vai batendo cada vez mais lento, não tarda não haverá nada a fazer senão declarar a hora, o traçado vai ser liso e a dor, essa vai desaparecer.
Devolve-me o meu reflexo enquanto ainda há esperança
.

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