segunda-feira, 29 de junho de 2009

Saudade

Aquela praia de areia fina, onde o mar rebenta toda a minha revolta, aquele local onde a água e o fogo se encontram numa explosão de beleza inigualável, esse lugar que é meu, onde te espero todas as tardes.
Mas não vens pois não?
Nunca vens!
Sento-me à beira-mar e espero incessantemente por um aviso, uma notícia, o adeus que nunca disseste antes de partires sem aviso. Aqui continuo à espera de quem não merece a saudade que sinto.
A tua ausência tornou-se num buraco negro, num peito vazio e incapaz de voltar a amar.
Tenho tantas saudades do teu jeito, do teu cheiro, da forma como me olhavas e me fazias sentir segura no teu abraço, ouviste sem medo as minhas mágoas, conheceste os meus fantasmas e ficaste do meu lado mesmo assim.
Agora que me vejo só, sem a tua presença, sem aquele beijo quente, o abraço que nunca mais senti e tanta falta me faz, sem ti.
Olho à minha volta e vejo a praia vazia, não há sinal teu.
Deixo correr as lágrimas de dor e saudade, o seu sabor salgado sufoca a ânsia de te voltar a ter.
O mar fala-me de ti, diz-me que estás bem, que tens novas aventuras à espera e não precisas mais de mim, tens uma vida inteira à espera da qual não faço parte. Fico feliz por saber que estás bem, talvez um dia me digas porque partiste desta forma, me expliques a razão do abandono repentino e se alguma vez sentiste a minha falta tal como eu sinto a tua.
Até lá continuo à espera, á espera de um sinal teu.

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